Multivitamínico

A suplementação de vitaminas e minerais deve ser feita por profissional capacitado e são diversos os fatores que devem ser levados em consideração. Padrão de alimentação, estilo de vida, dosagem e sinergia entre os nutrientes que compõem a fórmula são alguns destes. Além disso, é importante que a devida atenção seja dada à forma química dos minerais presentes na formulação. Minerais na forma de sal inorgânico, como carbonato de cálcio, por exemplo, apresentam menor biodisponibilidade do que minerais associados a aminoácidos, os minerais quelados – cálcio quelado, magnésio quelado, etc. Ainda, caso o mineral em questão apresente atividade antioxidante no organismo, a mesma encontra-se reduzida nos minerais sob a forma de sais inorgânicos. Desta forma, multivitamínicos prontos não são a melhor escolha, uma vez que não respeitam a individualidade de cada ser humano (as necessidades reais baseadas no padrão de alimentação e estilo de vida) e, além disso, a grande maioria apresenta micronutrientes em desequilíbrio (que competem pela absorção no organismo) e na forma de sais inorgânicos. A melhor alternativa é sempre buscar auxílio do profissional nutricionista que, ao avaliar os hábitos de vida e alimentação, poderá prescrever, caso haja necessidade, uma formulação com vitaminas e minerais de forma individualizada.

Cálcio e Vitamina C

Não é recomendada a suplementação de vitamina ou mineral isolado, uma vez que a combinação e sinergia entre outros minerais devem ser consideradas. No caso da suplementação de cálcio, o ideal é que este mineral esteja associado ao magnésio (ambos na forma quelada), uma vez que o magnésio reduz o risco de deposição do cálcio em tecidos moles. Fisiologicamente, existe uma relação normal de cálcio e magnésio, que é, respectivamente, de 2:1. No entanto, para a suplementação da maioria dos indivíduos, é necessária uma relação de 1:1 e, muitas vezes, de 1:2, em virtude da baixa ingestão dos alimentos fontes de magnésio. Ainda, é importante ressaltar mais uma vez que a maioria dos suplementos de cálcio hoje comercialmente disponível está na forma de sal inorgânico, como citrato de cálcio, malato de cálcio e carbonato de cálcio, com baixa biodisponibilidade.

Já no caso da vitamina C, há alguns anos ela vem sendo estudada por aumentar o estresse oxidativo no organismo quando suplementada de forma isolada. Diante do exposto, mais uma vez, a melhor alternativa é sempre buscar auxílio do profissional nutricionista que poderá prescrever, caso haja necessidade, uma formulação com vitaminas e minerais de forma individualizada.

Ômega 3

Os suplementos de ômega 3 hoje comercialmente disponíveis no Brasil são extraídos de alimentos fontes deste tipo de ácido graxo, sendo o mais comum o óleo de peixe. Os ácidos graxos da série ômega 3 são essenciais (o nosso organismo não é capaz de produzi-los e é necessário que obtenhamos a partir da alimentação) e, junto com os ácidos graxos da série ômega 6, são necessários para a síntese de mediadores lipídicos que possuem ação crucial na fisiologia vascular e envolvimento em estados patológicos como câncer, doenças cardíacas e derrames. Todavia, é importante ressaltar que os laboratórios devem fornecer os níveis de metilmercúrio nos óleos de peixe, um metal neurotóxico que pode reduzir o efeito benéfico do ômega 3.

Whey protein

O whey protein é a proteína do soro do leite obtida comumente a partir do processamento de queijos e coalhadas. É um suplemento que pode auxiliar no processo de síntese proteica pelo seu perfil de aminoácidos, principalmente pela leucina. Geralmente são comercializados três tipos de whey protein: isolado, concentrado e hidrolisado, que se diferenciam quanto à digestibilidade e velocidade de absorção, conteúdo de proteínas, lipídios, carboidratos, lactose e outras substâncias bioativas. Todavia, vale ressaltar que a melhor alternativa de proteína a ser utilizada para benefícios na prática esportiva irá depender do objetivo do indivíduo no momento, assim como também de toda a história e individualidade bioquímica associada. Desta forma, o nutricionista esportivo poderá decidir qual a melhor fonte proteica a ser utilizada.

Creatina

A creatina é um derivado de aminoácido que possui potencial ergogênico interessante, parecendo ser mais efetiva para atividades que envolvem séries de repetições curtas de exercícios físicos de alta intensidade. Os estudos apontam que a sua suplementação pode auxiliar no aumento de força e hipertrofia e, assim, melhorar a performance esportiva. Este suplemento tem sido muito estudado também em condições clínicas como diabetes mellitus tipo 2 e no envelhecimento. Hoje, sabe-se que a suplementação é segura para indivíduos com ou sem risco de doença renal e não há evidências científicas que relatem qualquer efeito adverso ou alteração grave da suplementação com creatina em humanos e, segundo diversos estudos, sua utilização parece ser segura.

BCAA

Os aminoácidos de cadeia ramificada (branched-chain amino acids – BCAA) – valina, leucina e isoleucina – são essenciais, sendo adquiridos pela ingestão de alimentos ou suplementos alimentares. O principal benefício exercido por estes aminoácidos que é hoje comprovado em estudos e observado na prática clínica é a redução da dor muscular pós exercício, por exercer efeito anti-inflamatório sem comprometer as vias de síntese proteica.

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